Como resposta ao objectivo pretendido do trabalho, esta ultima etapa caracterizou-se pelo estudo das diferentes culturas e das suas respectivas práticas. Daremos então a conhecer algumas situações, as quais, chamaram a nossa atenção pela incoerência, devido ao desrespeito pelos direitos humanos. Práticas essas, aceites e valorizadas, por estarem interiormente e culturalmente normalizadas para os respectivos indivíduos.
Apresenta-mos aqui, um dos vários exemplos, abrindo então o debate, não só desta prática, como de outras, do que pode ou não ser considerado uma forma de cultura:
O salto dos Vanuatu
Este ritual serve como um ritual de passagem e colheita das tribos da ilha de Vanuatu, no Oceano Pacifico. Os rapazes das tribos têm que subir em uma torre de 30 metros de altura com cipós amarrados nos tornozelos e saltar, a uma velocidade de cerca de 72 quilómetros por hora. A altura do salto varia bastante, aos 8 anos de idade é de alguns metros, e vai aumentando conforme idade, treinando assim as crianças desde cedo.
Os cipós são tratados e os saltos só se realizam nos meses de Maio e Junho que é quando o cipó se torna elástico, devido ao clima e ao tratamento. E têm de ser os próprios participantes a tecer estes cipós, que posteriormente serão atados aos seus tornozelos.
Os principais objectivos são a passagem da infância para a fase adulta, e depois, a colheita. No entanto outro dos objectivos é impressionar os deuses e as mulheres, mas para que os deuses fiquem suficientemente impressionados, e para que a terra se mantenha fértil, a cabeça do saltador tem de chegar o mais próximo possível do solo.
Quando o “mergulho” é feito correctamente, o rapaz deve encostar os ombros e a cabeça no chão. Entretanto, os cipós não são totalmente elásticos e um cálculo errado do comprimento da corda pode causar ferimentos sérios ou até mesmo a morte do rapaz no ritual, tendo em conta a tenra idade dos participantes.
Por Alexandra e Susana